No total, 30 carros-pipas
abastecem, em média a cada dois meses, as cisternas de 558 famílias que moram
em comunidades mais afastadas. Na zona urbana, cinco chafarizes, que têm água
de poço, são abertos duas vezes ao dia para atender os moradores. A dificuldade
em conseguir água fez nascer um comércio na região, e pessoas que têm caminhonetes
ou caminhões-pipa faturam até R$ 4 mil por mês com a venda de água. Dependendo
do período um pipa chega a dobrar de valor e vai a R$ 100.
A falta de água para
necessidades básicas dos moradores de Queimada Nova não foi o único rastro
deixado pela estiagem. De acordo com a Secretaria de Agricultura, 95% da
plantação de milho e quase 70% do feijão que foi plantado não prosperaram. A
criação de caprinos também foi afetada e a perda chegou a 20%. Segundo o
Sindicato dos Trabalhadores Rurais, mais de mil agricultores estão recebendo o
Seguro Safra em cinco parcelas de R$ 170.
“Não deu para colher nem
mesmo para o consumo. De 2010 para cá os agricultores têm enfrentado muita
dificuldade com essa falta de chuva, de água. Quem recebe o Bolsa Família
também tem comprado água para poder beber. A situação não é fácil”, avalia
Marcelino Rodrigues, presidente do sindicato.
Fonte: G1 Fotos: Patrícia Andrade/G1
Fonte: G1 Fotos: Patrícia Andrade/G1